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Torre do Castelo recebe cerca de seis mil visitantes por ano

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Instalado em um dos pontos mais altos de Campinas, o reservatório elevado da Sanasa tornou-se um dos principais cartões de visita da cidade. A antiga construção da Torre do Castelo, como ficou conhecida pelos campineiros, recebe uma média de 6 mil visitantes por ano, entre campineiros e turistas brasileiros e até estrangeiros, para contemplar a vista da cidade em um ângulo de 360°.

Com 27 metros de altura e capacidade para armazenar 250 mil litros de água, o reservatório, conhecido na época como Castelo D´Água, foi projetado em 1938 pelo engenheiro e urbanista Francisco Prestes Maia e inaugurado dois anos depois com arquitetura no estilo art déco e em formato de obelisco. A torre foi construída pelo antigo Departamento de Água e Esgoto de Campinas para abastecer o futuro loteamento do Jardim Chapadão e demais bairros em formação e expansão, como o Castelo e o Guanabara.

Em função do crescimento da cidade, o papel do Castelo D´Água precisou ser redefinido. Foi então, em 1972, que o reservatório deu lugar a uma sala circular. A torre também recebeu uma nova praça, que em 98 passou por reformas, quando foram resgatadas as características da década de 40.

Em 2002 o edifício tornou-se sede da Rádio Educativa de Campinas e, no ano seguinte, a Torre do Castelo assumiu o papel de mirante, transformando-se em um importante ponto turístico da cidade. Em maio de 2007, o antigo reservatório recebeu o nome de Vitor Negrete, em homenagem ao montanhista campineiro que morreu no mesmo ano enquanto escalava o Monte Everest. Considerada patrimônio arquitetônico de Campinas, em 2008 a construção foi tombada.

Museu

O Museu Histórico da Sanasa foi instalado na Torre do Castelo em 1991. O espaço guarda hidrômetros usados desde a década de 30 e equipamentos utilizados em campo como válvulas e conexões de ferro fundido inglês. O museu mantém ainda geofones utilizados nos anos 70 e 80 para localizar a ocorrência de vazamentos nas redes.

A cidade vista do alto

“É bem bacana ver a cidade lá de cima, a vista é maravilhosa”, elogia a gerente da Panificadora Nico, localizada bem em frente ao balão do Castelo, Jovelina Marques. Moradora de Campinas há sete anos, quando mudou-se de São Paulo, já subiu três vezes para ver a cidade do alto. “Muita gente passa por aqui perguntando sobre os horários de funcionamento da Torre. Agora eu quero subir novamente, mas à noite”, planeja.

Além de proporcionar uma visão privilegiada da cidade, o mirante oferece ao visitante a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história de Campinas. Mesmo com a rosa dos ventos estampada no teto indicando os quatro sentidos fundamentais (Norte, Sul, Leste e Oeste) e intermediários (Nordeste, Noroeste, Sudeste e Sudoeste), cada uma das seis janelas possui um painel com informações sobre os bairros localizados na região correspondente.

Na janela virada para Leste/Nordeste, por exemplo, o painel indica que nessas regiões encontram-se o Observatório Municipal de Campinas, o Colégio Liceu Salesiano, os distritos de Sousas e Joaquim Egídio e a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Anhumas.

Da janela Sul/Sudoeste é possível ver o Complexo Ferroviário de Campinas que pertenceu às Companhias Paulista (1872) e Mogiana (1875). O painel ainda revela a importância das cinco ferrovias da cidade para o desenvolvimento do comércio, dos serviços, das atividades agrícolas e industriais. A janela ao lado mostra as regiões Sul/Sudeste, onde está o centro velho de Campinas.

As regiões do Campo Grande e Ouro Verde estão na direção Oeste/Sudoeste. Localizada entre as rodovias Bandeirantes e Anhanguera, a região convive com antigas olarias, pastagens e áreas agrícolas. Os bairros originados da instalação de novas indústrias e empresas próximas às Rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro I ficam na janela Oeste/Noroeste.

Por último, a janela Norte/Noroeste revela uma malha urbana originada do bairro Taquaral e as ocupações que se orientaram pelo leito da antiga Estrada de Ferro Funilense em direção ao núcleo de Barão Geraldo.

Visitas

Durante a semana, a Torre do Castelo abre somente para visitas agendadas. Aos sábados e domingos, o horário de visitação é das 15h às 21h. A entrada é gratuita.

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