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Importância das comunidades indígenas para a conservação das florestas ganha reconhecimento internacional

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Fonte e texto: Assessoria de Imprensa

A data do dia 19 de Abril é celebrada no Brasil com o objetivo de ressaltar a importância dos índios na formação étnica e cultural do povo brasileiro. Ao longo de séculos, as populações indígenas que vivem nas florestas, também tem contribuído, e muito, com a preservação das nossas matas nativas. Por isso, o FSC Brasil ressalta que eles ainda têm muito o que ensinar sobre uma relação harmoniosa entre o homem e a natureza.

De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no nosso país vivem 240 povos indígenas que falam 150 línguas distintas. Este dia marca a relevância e a diversidade sociocultural desses povos, que têm um papel determinante para a formação da cultura brasileira em sua genética e modo de vida, religiosidade e festividades, conhecimentos e uso do meio ambiente.

Atualmente, duas comunidades indígenas do povo Paiter Suruí, ambas na Terra Sete de Setembro, em Cacoal, Rondônia, são certificadas pelo FSC no Brasil. Em 2016, a Associação Soenama foi a primeira a conseguir a certificação para uma área de aproximadamente 90 hectares, onde se produz carvão de babaçu, artesanato de babaçu, farinha de mesocarpo, óleo de babaçu e castanha in natura.

“Com a certificação, nós conseguimos mostrar como colhemos, produzimos e embalamos cada item produzido, sem deixar de lado as nossas tradições”, dizIsaque Mopilô Tavá Surui, presidente da Associação. Além disso, no futuro, queremos aumentar a renda da nossa comunidade e mostrar o valor agregado dos nossos produtos”, enfatiza.

Já a Associação indígena Metareilá, que também colhe e produz a castanha brasileira, obteve, em 2018, a certificação de quase 500 hectares. Durante o processo, as aldeias Tikã, Lapetanha, Joaquim e Apoena Meireles foram visitadas e os castanheiros puderam expor suas ideias e interesses no processo de certificação. Além disso, foram coletadas amostras nos castanhais mapeados.

O líder Rubens Naraikoe Suruí acredita ser importante esse reconhecimento do trabalho realizado pela comunidade. “Nós, indígenas, tiramos o nosso sustento da própria floresta e demos um passo muito grande ao conseguir a certificação da nossa castanha”, conta ele. “Queremos que ela seja reconhecida e que possamos vender por um preço justo no mercado nacional e internacional”.

Sobre o FSC Brasil           
É uma organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1994. Com sede na Alemanha, está presente em mais de 80 países. O FSC é o sistema de certificação florestal de maior credibilidade internacional e o único que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Álvaro da Silva Júnior

Jornalista, Fotógrafo e profissional de Marketing e Comunicação Integrada.

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