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Cão-guia representa a inclusão social das pessoas com deficiência visual

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Por George Thomaz Harrison

Eles são os olhos daqueles que não podem enxergar. Dão segurança, autonomia e promovem a inclusão social das pessoas que apresentam algum tipo de deficiência visual. Embora a história do cão-guia do Brasil tenha um início recente, hoje existem aproximadamente 200 cães-guia em atividade. O número é ainda muito baixo, diante da necessidade das mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência, entretanto, existem algumas entidades que tem trabalhado para que essas demandas sejam, aos poucos, atendidas.

Pelo fato de ser algo pouco difundido, é preciso levar ao conhecimento da sociedade que o cão-guia é um fator agregador, muito benéfico para a pessoa que o tem como companheiro. Até mesmo por isso, ele não deve e nem pode ser vetado dos espaços públicos ou privados, inclusive, isso está em lei. Em vigência desde 2005, a Lei Federal 11.126 e o decreto 5904, de 21 de setembro de 2006, que regulamenta a lei, asseguram às pessoas com deficiência visual – cegos ou com baixa visão – o direito de permanência com seu cão-guia em todos os estabelecimentos de ordem pública ou privada, de uso coletivo. Tal lei, garante o direito de ir e vir dessas pessoas com mais autonomia e confiança, adquiridas a partir do animal treinado para esta finalidade. Isso quer dizer que o cão-guia pode ingressar em transportes públicos, centros comerciais, bancos, enfim, onde quer que seu tutor precise ir.

Esclarecida essa questão, um outro ponto que ainda precisa ser trabalhado, refere-se a como as pessoas – principalmente as que gostam de cachorros – recebem o cão-guia. Sabemos que os cães adoram interagir conosco, especialmente Labradores e Golden Retriever, raças amáveis e as mais utilizadas para cumprir tal função. Mas quando um cão-guia está em serviço, qualquer distração pode acabar atrapalhando seu trabalho. Acariciar, brincar, ofertar alimentos é algo tentador às pessoas, mas quando o animal estiver com o arreio, significa que está a serviço e não deve sofrer interferências. E isso não é algo ruim para ele, que foi treinado por um longo período para isso. Em horários específicos, ele receberá suas refeições, petiscos, água, fará suas necessidades e para ele está tudo certo. Tirar sua atenção, implica em problemas e até mesmo perigo para a pessoa com deficiência visual.

Portanto, se algum dia encontrar um cão-guia em um transporte público, uma estação de metrô ou um parque, aproveite para observar como ele se porta, como atende aos comandos e admire seu trabalho. É possível também conversar com seu tutor e entender um pouco mais da sua rotina, entender suas limitações e como o cão-guia foi capaz de mudar sua vida para melhor.

*George Thomaz Harrison é instrutor de cão-guia do Instituto Magnus

Álvaro da Silva Júnior

Jornalista, Fotógrafo e profissional de Marketing e Comunicação Integrada.

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