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É possível o futebol sem briga de torcidas?

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por Paulo Santana

O futebol mexe com paixões. É o mais praticado, visto e admirado no Brasil, que mundialmente é tratado como a “pátria das chuteiras”. Por tudo isso, não raramente, acontecem confrontos entre adeptos de agremiações diferentes sob alegação de defender o seu manto sagrado. Mas, para o bem de todos, a chegada do Red Bull Brasil trouxe um novo conceito para as arquibancadas de Campinas.

Desde que o Toro Loko começou a mandar seus jogos no Estádio Moisés Lucarelli, torcedores dos times local e visitantes se misturam uma contagiante demonstração de que o futebol é apenas um espetáculo. Nada mais do que isso!

Adversários se posicionando lado a lado mostram que pode haver diversão sem agressões ou provocações gratuitas. Um clima saudável e alegre, como se a gente estivesse em um shopping ou clube. Afinal de contas, não é porque um gosta de doce e outro gosta de salgado que é preciso haver briga, né?

Antes, durante e depois do jogo com o Palmeiras, pela décima terceira rodada do Campeonato Paulista, foi possível notar momentos de gentileza e amizade entre os mais de 7.300 amantes do futebol. Mesmo com o time campineiro vencendo por 2 a 0, ficou a impressão que o futuro pode ser melhor porque tudo transcorreu da melhor maneira.

E, no que depende da filosofia da empresa que comanda o Toro Loko, este fenômeno tem tudo para contagiar outros clubes e, que sabe, possa até humanizar as temidas torcidas organizadas. O diretor de esportes Thiago Scuro garante que o Red Bull não vem para tirar o torcedor de clube nenhum. “Vem para poder reaproximar do futebol algumas pessoas que de repente já não têm um envolvimento tão profundo, que não acreditam mais num futebol como organização”, disse.

Na visão da empresa, a região de Campinas tem um número significativo de pessoas que vieram de outros estados, de outras cidades e torcem por clubes que estão distantes. “O Red Bull pode ser o clube do dia a dia deste torcedor. Eu acho que Campinas ganha tendo mais um clube nesse nível. Não acho que a gente venha para canibalizar com Ponte ou Guarani”, argumenta Scuro.

Mais do que vencer no futebol, o Toro Loko quer ganhar o coração dos torcedores. “O maior desafio é fazer com que as pessoas tenham um carinho pelo Red Bull e futuramente passem a de fato a torcer pelo clube. A gente acredita que a continuidade e a performance são as chaves para se atingir isso. A gente trabalha algumas coisas para que o público perceba que o esporte pode ser tratado como entretenimento e que as pessoas não tenham medo de ir ao estádio”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Santana
Jornalista Esportivo

Alvaro Silva Jr

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