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A redução no numero de fumantes

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por Nelson Hossri

Sabemos que as drogas licitas (álcool e cigarro) também são responsáveis por inúmeras desgraças na vida de inúmeras pessoas. Por serem licitas acabam criando a sensação de “menos mal” ou de “permitida”, inclusive pelos jovens e adolescentes. Estratégias são criadas para redução do uso, algumas podemos recordar, é o caso da Lei que proíbe o uso em ambientes fechados e públicos, as advertências nos maços de cigarro como as fotos das doenças e consequências maléficas que o mesmo causa, servindo essa campanha para chocar aqueles que ainda não fumaram ou não desenvolveram a dependência, mas de todas as estratégias a com maior sucesso foi o aumento no preço dos maços de cigarros.

De 1989 a 2010, a proporção de fumantes na população adulta brasileira foi de 35,4% para 16,8%. O estudo, publicado na revista científica “PLOS Medicine”, conclui que quase metade dessa queda se deve ao aumento dos preços de cigarros, ligado à maior taxação do setor.

O aumento do preço é responsável pelo controle do tabagismo, o que vem sendo usado em outros países também.

O preço faz com que mais pessoas, principalmente jovens, não se tornem fumantes. E leva outros a diminuírem o consumo de cigarros e até deixarem de fumar.

Com o estudo, foi possível também estimar o número de mortes devido ao cigarro que foram evitadas entre 1989 e 2010: cerca de 420 mil.

O grupo usou o modelo matemático “SimSmoke”, desenvolvido pelo americano David Levy (coautor do estudo, da Universidade Georgetown) e testado em vários países e Estados americanos.

O modelo utiliza cinco parâmetros: política de taxação do tabaco, medidas de banimento do cigarro em lugares fechados e públicos, campanhas em veículos de mídia, restrição de propaganda, tratamentos para parar de fumar e proibição de compra para jovens.

Além da redução do numero de fumantes, o Brasil ainda precisa rever outros conceitos, inclusive político, pois é muito contraditório um pais lutar pela redução do tabagismo e ao mesmo tempo existir correntes de políticos lutando pela legalização ou descriminalização de outra droga.

Outro ponto preocupante é a falta de fiscalização na proibição de venda de cigarros aos jovens na redução de fumantes brasileiros, apenas 0,3%.

É preciso reforçar e fazer cumprir melhor a Lei.

FUTURO

O Brasil ratificou em 2005 a CQCT (Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco), o primeiro tratado internacional de saúde pública da história, realizado sob os auspícios da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Ele obriga os países signatários a adotar ações como o completo banimento de propaganda de cigarros e o reforço de outras medidas já seguidas no Brasil, como o apoio à diversificação agrícola nas plantações de tabaco e a proteção contra a exposição à fumaça do cigarro.

Na estimativa dos pesquisadores para 2050, eles simularam o cenário levando em conta as medidas restritivas atuais e as que valeriam se o Brasil seguisse todas as recomendações do CQCT.

Se as políticas de controle de tabaco não mudassem, o modelo estima que a porcentagem dos fumantes em 2050 será de 10,3% dos adultos. Em comparação, se adotadas as medidas da convenção, esse número será de 6,3%. A diferença entre os dois cenários evitaria cerca de 1.3 milhão de mortes prematuras em decorrência do tabagismo.

Agora é aguardar para que as contradições políticas sejam desmascaradas e que não permita alguns políticos se beneficiarem de um dos problemas mais serio nas famílias e sociedade em geral, o problema das drogas. É o que esperamos.

Fonte: abead

Abraços

Nelson Hossri

Nasceu e mora em Campinas-SP, em 2005 Idealizou o Movimento “Sou feliz sem drogas”, Formado em Ciências Juridicas e Sociais Direito pela UNAERP, Especialista em Dependência Química pela UNIFESP/UNIAD, Formado pelo GRAUNA – Grupo de Recuperação e apoio urgente a Narcodependentes e Alcoolistas, Ex-Coordenador de Prevenção as Drogas no Municipio de Campinas/SP, Formado em Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias pela SENAD (Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas).

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