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Hospital Celso Pierro promove festa para crianças que sobreviveram graças à tecnologia

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Sete crianças que sobreviveram e receberam alta hospitalar após passarem pelo procedimento que utilizou a técnica de ECMO (Estracorporeal Membrane Oxigenation), ou Oxigenação por Membrana Extracorporal em português, foram recebidas com festa pelo Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) da PUC-Campinas no dia 23 de março.

O procedimento cirúrgico engloba técnicas de oxigenação extracorpórea por meio de membranas artificiais (oxigenadores) que substituem temporariamente os pulmões e o coração dos pacientes e foi utilizado em oito crianças, sendo que sete sobreviveram e receberam alta hospitalar.

A festa teve como objetivo celebrar os excelentes resultados obtidos com a técnica de ECMO no tratamento de crianças que se encontravam em situação clínica muito crítica, e que se não fossem submetidas a este procedimento, certamente teriam falecido.

De acordo com o Coordenador da Cirurgia Cardíaca Pediátrica, Fernando Antoniali, o procedimento terapêutico é indicado no tratamento de pacientes portadores de insuficiência respiratória grave que não respondem a outras terapias existentes e também em situações de falência cardíaca. “Essa técnica pode ser utilizada em recém-nascidos, crianças maiores e adultos com quadros clínicos de distúrbios cardiorrespiratórios importantes”, explica.

foto: Álvaro Jr.

Os benefícios do emprego de ECMO em casos selecionados não se limitam ao aumento da sobrevida, mas também na melhora da qualidade de vida dos sobreviventes. Sabe-se que pacientes tratados com ECMO podem ter menor incidência de sequelas respiratórias e cardíacas, quando comparados a pacientes de mesma gravidade, tratados exaustivamente por métodos convencionais.

A Clínica Cardio Cirúrgica de Campinas, que atua no HMCP, recebeu em 2012 o registro como centro especializado em ECMO pelo ELSO (Extracorporeal Life Support Organization).

“O nosso hospital conta com essa técnica terapêutica que pode salvar a vida de muitas crianças e adultos. Trata-se de um trabalho conjunto com outros médicos da equipe, perfusionistas e principalmente com as equipes das UTIs envolvendo enfermagem, fisioterapeutas e médicos intensivistas. Não podemos admitir que crianças morram em nosso meio sem oferecer a chance de uma recuperação de seus órgãos enquanto estiverem em ECMO”, completa Antoniali.

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